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Edimburgo: Arthur’s Seat e as trilhas no Holyrood Park

Um parque enooorme bem no meio de Edimburgo formado por um vulcão extinto, três lagos, uma capela em ruínas, algumas fontes naturais de água potável e com várias trilhas, esse é o Holyrood Park.

Chegando no Holyrood Park

A localização não poderia ser melhor, no final da Royal Mile, e na vizinhança ainda estão outras atrações importantes da cidade como: Palácio de Holyrood (residência oficial da Monarquia Britânica) e o Parlamento Escocês.

Normalmente, dependendo do ritmo de cada um, esse três lugares dão um ótimo roteiro e preenchem completamente um dia em Edimburgo.

O Holyrood Park foi fundado a muitos séculos atrás pelo Rei James V. Naquela época, o local não passava de um amplo campo de caça para a realeza britânica. Com o tempo, o parque passou a ser publico e hoje em dia está aberto 24 horas por dia.

O Historic Scotland é quem é responsavel pela manutenção e segurança do parque. Inclusive, toda a sinalização, as trilhas e tudo o que está relacionado ao parque é administrado por eles.

Basicamente existem 3 trilhas que são sugeridas pelo Historic Scotland para que o turistas aproveitem bem a visita ao local, mas eu dei uma pequena adaptada e assim, acabei dividindo tudo em 4 trilhas, que na minha opinião ficariam melhor distribuidas assim:

→ Primeira Trilha: Radical Road – Salisbury Crags

Normalmente quem visita o parque acaba começando a visita em frente a lateral direita do Palácio de Holyrood, onde fica o estacionamento do Parque, o Holyrood Car Park. Atravessando a rua, vai ter uma placa indicando tudo o que é possivel ver por ali. Eu sugiro começar a trilha pela escadinha que leva até o inicio da trilha, seguindo no sentido Old Town (lado direito). A trilha é toda de chão batido e é só ir subindo (ela é um pouco inclinada). Lá no ponto máximo (antes de começar a descer a trilha) é onde fica o melhor lugar para fotografar toda a Old Town e o Calton Hill. Ainda dá pra ver o Firth of Forth (aquele pedaço do mar do Norte que “invade” as terras escocesas.  Continuando a trilha, conforme vamos descendo podemos ver as colunas de basalto que fazem parte do Salisbury Crags. Essa trilha termina na parte mais baixa do trajeto, chamada de The Hawse. Tempo do trajeto: 1 hora (incluindo as paradas para bater milhões de fotos).

Começando a trilha

Castelo de Edimburgo

Palácio de Holyrood

Parlamento Escocês e o Our Dynamic Earth

Calton Hill

Ah, pra quem ainda tiver interesse em ver uma das duas fontes de água natural do parque, antes de começar a primeira trilha, é só caminhar um pouco pela estradinha asfaltada para ciclistas pro lado esquerdo, ali vai estar a St Margaret’s Well.

→ Segunda Trilha: The Hawse – Volunteer’s Walk – Hunter’s Bog – St Antony’s Chapel – St Margaret’s Loch

Chegando no ponto chamado The Hawse (ali não vai ter nenhuma placa dizendo que a trilha terminou ou qqer coisa do tipo, a unica indicação que temos é que vão existir outros trajetos a serem seguidos) é só seguir caminhando pela trilha mais a esquerda. Vamos caminhar pelo Volunteer’s Walk e logo em frente fica um pequeno lago, o Hunter’s Bog. Seguindo por essa trilha, logo vamos chegar na St Antony’s Well, uma fonte de água natural. Continuando por ali, a próxima parada vai ser a St Antony’s Chapel, uma capela em ruinas que foi construida durante o seculo 15. Sofreu alguns danos ao longo do tempo e hoje o que vemos ali é somente a parede de pedra da parte norte da Capela. Ali do alto se tem uma boa vista do “interior” do Arthur’s Seat assim como do lago, o St Margaret’s Loch. Duração da caminhada: 1 hora (incluindo o tempo para as fotos).

→ Terceira Trilha: Queen’s Drive – Dunsapie Loch – Arthur’s Seat

Chegando no St Margaret’s Loch, ali vão existir muitos e muitos patos, gansos e cisnes. Normalmente sempre vão ter algumas crianças brincando e jogando comida pra eles. Bonito de ver, mas é sempre bom ficar ligado na trilha pra não escorregar, o trajeto por é um pouco lamacento. Chegando na outra extremidade do lago, vão ter duas ruas, a Duke’s Walk (que é a principal rua do parque, por onde vão estar passando muuitos carros) e uma outra rua mais tranquila pro lado direito, mesmo o acesso a essa rua sendo bloqueado com aquelas barras de segurança pra que os carros não entrem, os pedestres podem caminhar por ali. Esse trajeto é feito pela Queen’s Drive e vai nos levar até outro lago, o Dunsapie Crag. Seguindo o trajeto, logo chegamos ao topo do Arthur’s Seat, o ponto mais alto de todo o parque, 251 metros de altura. Trajeto pode ser feito em 2 horas (incluindo o tempo para as fotos).

Dunsapie Loch

Arthur’s Seat – O ponto mais alto (251 metros de altura) do Holyrood Park

→ Quarta Trilha Arthur’s Seat – Duddingston Village

Essa é uma das trilhas mais bonitas (depois da Primeira Trilha), principalmente se for feita em um dia de outono, onde todos os tons de amarelo, vermelho e marrom vão estar presentes. A paisagem vai ficar muito, mas muito mais bonita, pode ter certeza! Essa trilha nos leva a Duddingston Village e Duddingston Loch, que na minha opinião merecem um post especial (próximo post).

Será que tava frio nesse dia?!?!

Quem olha o mapa do Parque tem a impressão de que vai ser o empenho caminhar tudo, mas todas as trilhas, no geral, são bem suaves, ou seja, não é necessário muito esforço pra subir e descer. A trilha mais puxada é a que vai até o topo do Arthur’s Seat e só é recomendado ir até o ponto mais alto se não houver muito vento, Eu nunca consegui chegar até o topo do Arthur’s Seat, pq todas as vezes que fui caminhar por lá o vento era beeem forte e fiquei com medo e acabei desistindo no meio do caminho. Então, pra quem quiser arriscar, o trajeto é por sua conta e risco, claro!

Arthur’s Seat (direita)

Obs.: como dá pra perceber, as fotos foram tiradas em dias diferentes!

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Lista com todos os posts que eu já escrevi sobre Edimburgo

Royal Botanic Garden

Era quase final de novembro quando eu me dei conta que ainda não tinha visitado uma das atrações mais populares da cidade, o Royal Botanic Garden.

Claro que assim como a visita que eu fiz ao Inverleith Park, eu deveria ter aproveitado os dias de primavera ou de verão para garantir umas fotos melhores. Mas como eu não tinha idééééia de que eu iria voltar tão cedo em Edimburgo, tratei logo de ir mesmo assim, até pq ninguém iria acreditar que morei todo esse tempo por lá e nunca visitei, né?

O Royal Botanic Garden de Edimburgo existe desde 1670, sendo considerado um dos mais antigos do Reino Unido. A principio, ele foi fundado para ser um local onde seriam cultivadas plantas medicinais. Anos mais tarde, depois de passar por outros lugares da cidade, finalmente foi definido que ele ficaria no atual endereço em definitivo.

Claro que além do cultivo de muitas espécies de plantas, tanto da Escócia como do Reino Unido em geral, ali também existem laboratórios para pesquisas, assim como também existe muitas especies de plantas de todas as partes do mundo (mais de 3 milhões de espécies) que são mantidas na Glasshouse e na Palm House.

A sua área total é imensa e facilmente dá pra passar umas boas horas caminhando por ali sem nem perceber o tempo passar.

No dia em que eu fui lá, eu cheguei logo após o almoço e fiquei até o horário que o parque fechava. E realmente, só me dei conta que tava na hora de ir embora quando começou a escurecer e com os guardinhas apitando e gritando que o parque iria fechar suas portas em 10 minutos.

Entrada principal pelo West Gate

O Jardim Botânico tem dois portões de entrada, o East Gate e o West Gate, mas a entrada principal é feita pelo West Gate, que dá de frente para o Inverleith Park.

Junto a entrada principal fica o John Hope Gateway, onde fica uma pequena exibição sobre os estudos e o trabalho diário que é realizado ali. Ainda nesse mesmo espaço tem um restaurante, uma lojinha de souvernirs, uma loja que vende plantas (mudas e flores) e os banheiros.

John Hope Gateway

Pra entrar no Jardim Botanico pelo West Gate é necessário passar por dentro do John Hope Gateway e logo em frente tem uma porta de vidro automática que dá acesso ao jardim.

O parque é todo muito bem sinalizado, com muitas e muitas placas indicando pra que lado seguir de acordo com o interesse em visitar algumas de suas atrações.

Pra quem quiser ir direto ao ponto e a parte onde estão as maiores atrações, é só seguir as trilhas pro lado esquerdo, sempre.

A primeira parada é no Cryptogamic Garden  e no Native Woodland que lembrma um pouco uma floresta de mata fechada. Eu que só tinha tido essa experiência de ver algo assim na Lapônia (e com muita neve), achei bem bonito.

O primeiro grande destaque do Jardim Botânico é Queen Mother’s Memorial Garden (19), que como o próprio nome já sugere, esse jardim foi construido para prestar uma homenagem a Rainha Mãe, mãe da atual Rainha Elizabeth II. A Rainha Mãe era inglesa, mas passou boa parte da sua infancia e adolescencia na Escócia. E ainda, somando ao tempo que viveu em terras escocesas mais o seu gosto por jardinagem e afins, os Escoceses acharam que era uma boa ideia homenagea-la com esse memorial.

A area do memorial não é muito grande e em cada uma das extremidades desse jardim existe uma planta que representa as suas andanças pelos quatro cantos do mundo enquanto casada com o Rei George VI.

Além do próprio memorial, é bem interessante caminhar por ali e descobrir que no chão existem algumas “histórinhas” sobre a familia Real Britânica e os principais acontecimentos do país separados por decada.

E ainda existe uma rosa, que foi desenvovida pra homenagear a familia real e recebeu o nome de “Royal William”.

Saindo do memorial, vamos passar pela Herbaceous Border, considerada uma das maiores e mais bonitas cercas vivas do país.. e ainda com os tons do outono, ficou muito mais bonita!

A caminhada pelo parque é beeem agradável, pelo caminho vamos descobrindo milhões de espécies de plantas, arvores, flores que até então eu nunca tinha visto, ou se já tinha visto, as cores do outono deram um outro toque as plantas, deixando elas muito mais bonitas.

Pelo parque existem varios lagos, mas com certeza o mais bonito deles é o Pond (18). Além de todo o cenário por si só ser belíssimo, ainda tem os patos coloridinhos que enfeitam ainda mais o lugar. Eles são bem “animados”, a gente até se interte ali vendo eles “tomarem banho”, coisa mais lindinha!

Ai bem próximo ao The Pond fica o Rock Garden…

Ainda nesse lado do jardim botânico é onde fica também a grande estufa de vidro simbolo do Jardim Botânico de Edimburgo,  que é considerado um dos principais cartões postais da cidade, a Palm House. Infelizmente no dia que visitei não estava aberta para visitações e pesquisando melhor descobri que geralmente ela fica fechada durante a temporada de inverno. Mas como janelas não faltam nesse lugar, deu pra dar uma bisbilhotada mesmo assim.

Assim fica um motivo pra voltar em um lindo dia de primavera ou verão, pq não?!?!?

Ainda ali do ladinho da Palm House fica um tronco de uma arvore de data de mais de 300 milhões de anos atrás.

A entrada no Jardim Botânico é gratuita, mas para visitar a Glasshouse e a Palm House é preciso comprar o ticket, esse ticket está a venda somente nos portões de entrada do Jardim Botânico, ou seja, não dá pra comprar o ticket diretamente lá na Glasshouse ou Palm House.

Os horários do Jardim Botânico variam de acordo com as estações do ano, então é sempre bom conferir no site antes.

A outra entrada, East Gate

Pra quem não tiver tempo suficiente para ir caminhando até lá, existe uma parada de ônibus proximo ao East Gate. Para chegar lá, eu sei que os ônibus da Lothian Buses número 8 e 23 passam por ali.

Princes Street Gardens – O parque mais popular de Edimburgo!

O Princes Street Gardens é um dos meus lugares preferidos em Edimburgo. Um parque que, mesmo dividido em duas partes e com localização no meio da cidade (literalmente), é um lugar super tranquilo e agradável.

É até dificil imaginar que a muitos séculos atrás nessa área da cidade ficava um lago, o Loch Nor e principalmente que era ali onde os esgotos que vinham da Old Town eram despejados. Mas hoje em dia não resta nenhum resquício dessa época e o que vemos é um parque muito bem planejado e estruturado.

Pelo parque passam os trilhos da rede ferroviária do país, então quem vai pro norte da Inglaterra ou pro norte da Escócia, partido da Waverley Station, vai passar bem do ladinho dos rochedos do Castelo de Edimburgo. Lembro quando eu fui a Manchester, eu não sabia desse detalhe e não tive tempo de pegar a camera pra bater umas fotos, mesmo com o trem passando bem devagarzinho por ali, o que deve render ótimas fotos e de um ângulo diferente do Castelo!

Mas vamos ao que interessa..  Independentemente de ter sol (raramente), estar nublado ou ester chovendo (quase sempre), normalmente na hora de voltar pra casa eu sempre acabava dando uma passadinha por ali. Esse parque é um daqueles lugares em que facilmente todos os dias a gente acaba reparando em algo diferente e descobrindo coisas novas, motivo mais que suficiente que me faziam querer voltar sempre.

Linda essa árvore, não?

Mesma árvore mas em outra estação do ano

A Flor da Escócia (mas só é possível ver no verão)

Claro que numa primeira visita a gente só tem olhos pro Castelo de Edimburgo, que fica no alto da Castle Rock, uma colina com localização estrategica bem no meio da cidade e acaba meio que esquecendo do resto. Então achei que seria legal escrever esse post, pra ajudar todo mundo a aproveitar o máximo desse lugar, já que uma tarde no Princes Street Gardens pode render ótimas fotos de Edimburgo, pode acreditar!

Como eu já disse no inicio desse post, o parque é dividido em duas partes pelo The Mound, uma pequena area composta também por uma rua curva que liga a New Town a Old Town. No The mound também é onde ficam três museus importantes da cidade: a Royal Scottish Academy, a National Gallery of Scotland e o Museum on the Mound, todos com entrada gratuita.

E se por acaso, quando estiver caminhando entre os museus, perceber um aglomero “meio sem sentido” (ou melhor, sem musica), a explicação é simples: ali tem uma maquete bem grandinha que mostra a parte central da cidade, incluindo o castelo de Edimburgo, claro!

Pra começar o passeio, o ideal é seguir pro lado leste do parque, facilmente identificado nas plaquinhas por East Princes Street Gardens. O principal destaque dessa parte do parque é o Scott Monument construido para homenagear o escritor escoces Sir Walter Scott. Pra quem se interessar, dá pra subir até no topo. A entrada é paga e a subida é feita através de uma escadinha beeem estreita.

Scott Monument ao fundo

Ainda é possível caminhar por algumas trilhas que vão nos levar até uma entrada meio que subterranea da National Gallery of Scotland. Nessa parte, tem um barzinho e uma lojinha de souvenirs com algumas coisas bem interessantes.

Passando pelo The Mound, mais pro final da tarde, é bem frenquente encontrar algum escoces solitario tocando gaita de fole ou até mesmo uma bandinha tocando varias musicas tipicas do país.

Seguindo pra o West Princes Street Gardens é onde vamos encontrar a maior concentração de atrações do parque.

Logo nas escadas, pro lado direito, vai estar o Floral Clock, o relógio de flores mais antigo do mundo e que funciona de verdade, mas só na primavera e no verão.

Pro lado esquerdo vai ter uma construção bem bonitinha, que muita gente vai até lá (inclusive eu!) achando que se trata de algum museu ou algo do tipo, mas na verdade o que encontramos é o West Gardener’s House, um antigo chalé que foi preservado no seu local de origem.

Caminhando pela parte superior da trilha vamos chegar no American War Memorial – The Call 1914 que presta uma homenagem aos soldados americanos que ajudaram os escoceses no inicio da Primeira Guerra Mundial..

Logo em frente fica o Falklands Memorial Gardens que presta uma homenagem a todos os escoceses que morreram durante a Guerra das Malvinas..

E tem ainda o Ross Bandstand que é onde acontecem vários show e apresentações ao longo do ano, como por exemplo o Princes Street Gardens Concert que faz parte das comemoraçoes do Hogmanay, o Ano Novo Escoces..

Ainda podemos encontrar muitos esquilinhos correndo pelo parque.. diversão garantida ao tentar bater fotos desses bichinhos!

Ainda tem a Norwegian Stone.. que foi uma forma como os Noruegueses encontraram de agradecer a aliança entre os países durante as guerras..

E um pouco mais a frente podemos ver a Ross Fountain, que hoje em dia dificilmente passa batido pelas cameras dos turistas. Assim, uma foto da Ross Fountain e do Castelo de Edimburgo ao fundo não é privilégio só dos cartões postais encontrados em todas as lojinhas de souvernirs da cidade, ainda bem!

Durante os meses da primavera e do verão a prefeitura monta um carrossel bem ao lado de um parquinho para crianças que existe ali..

Nesse lado do Princes Street Gardens é onde ficam duas igrejas importantes da cidade: a St Cuthbert’s Church e a St John’s Church. Das duas igrejas, somente temos acesso a St Cuthbert’s através do parque, já a outra igreja o acesso é feito pela Lothian Road. Apesar de não serem duas igrejas populares nos roteiros turisticos, elas merecem uma visita.

Na Igreja de St Cuthbert por exemplo, podemos ver um vitral feito pela Tiffany (a mesma dos abajures) e uma versão esculpida em mármore que foi inspirada na Ultima Ceia de Leonardo da Vinci.

Igreja de St Cuthbert

E na St John’s Church encontramos varios vitrais super bonitos além do teto da igreja que foi inspirado e construido no mesmo estilo que o da Abadia de Westminster, em Londres. Vale a visita, com certeza!

Igreja de St John durante a nevasca que caiu em novembro e dezembro de 2010

E pra terminar, logo “atrás” da Ross Fountain tem uma pontezinha que passa por cima dos trilhos de trem que leva a uma outra parte do parque, onde podemos ver os rochedos do Castelo de Edimburgo bem de perto.

Seguindo por ali, vamos sair no Castle Terrace, um dos melhores lugares pra fotografar o Castelo de Edimburgo de todos os ângulos. E ainda ali pertinho fica a Grassmarket uma rua com vários pubs, um do ladinho do outro.

E ainda tem as vááárias estátuas de personalidades escoesas que acompanham toda a extensão do parque que está voltada para a Princes Street. Pra ver todas essas estátuas, o bom mesmo é caminhar pela rua e não pelo parque.

Obs.: O Princes Street Gardens apesar de ser um parque público tem horário pra abrir e fechar, então quando ouvir uns apitos no final do dia, é bom procurar o portão mais próximo rapidinho se não quiser ficar trancando ali dentro!

Inverleith Park

O Inverleith Park junto com o Royal Botanic Garden são os principais parques da rergião norte de Edimburgo.

O parque não é nenhum pouco popular entre os turistas. Normalmente quem resolve passar um sábado a tarde de sol por lá são os moradores locais mesmo.

A área em que está o parque um dia já pertenceu ao Scottish Rugby Union, mas hoje em dia é administrada pela Prefeitura da cidade.

O parque tem vários portões de entrada (acho que uns 3 ou 4) espalhados por toda sua área. O portão principal fica nos “fundos” do parque. Quem vem de um passeio pelo Fettes College, certamente vai entrar por esse portão. Mas existe um portão que fica bem em frente a entrada principal do Royal Botanic Garden.

O que me fez escrever esse post sobre esse lugar é simples: ele oferece uma boa visão de todo o centro (Old Town e New Town) de Edimburgo. Como o parque fica numa parte um pouco mais elevada que o restante da cidade, de lá, conseguimos tirar boas fotos do Arthur`s Seat, do Castelo de Edimburgo e de vários outros pontos turisticos da cidade.

O parque ainda tem um lago, onde podemos caminhar por uma ponte de percorre boa parte da extensão do lago.

E ainda bem no meio do parque tem uma fonte, que hoje em dia foi transformado em um memorial em homenagem a John Charles Dunlon, conselheiro do St Bernard’s Ward.

Na parte dos “fundos” do parque, tem uma pista pra caminhadas e alguns campos de futebol, rugby, tênis e cricket. E ainda tem um parquinho para as crianças brincarem.

Inclusive os moradores que querem fugir da muvuca no centro de Edimburgo durante o encerramento dos Festivais de Verão e do Hogmanay, sempre vão ao Inveleith Park pra acompanhar a queima dos fogos de artificio.

O Inverleith Park fica entre o Fettes College e Royal Botanic Garden. Abre todos os dias da semana até o entardecer. Partindo da Princes Street até o parque, o trajeto é de uns 20 minutos caminhando.

Obs.: Claro que eu deveria ter ido tirar essas fotos em um lindo dia de verão, mas como o verão passado foi tão, mas tããã chuvoso lá na Escócia, eu achei que essas fotos até que ficaram legais, com um ar mais sóbrio. Eu gostei bastante!

As 4 estações do ano no Coates Crescent Gardens, em Edimburgo

O desconhecido Coates Crescent Gardens é um dos menores parques de Edimburgo. Muito provavelmente a maioria das pessoas que passam por essa região sequer percebem a sua existência.

Pra falar bem a verdade, até comecar as minhas aulas, eu tambem não tinha nem idéia que ele existia. E ele continuou sem chamar muito a atencao nas minhas primeiras semanas na cidade, até que as cores do outono começaram a dar o ar da graça…

Impossivel nao reparar, né?

A partir dessa época, comecei a fotografar a tal ‘pracinha’ quase que todas as semanas.

E com isso, achei que seria legal escrever esse post, não pelo fato de ser um lugar historico-imperdivel, mas pra mostrar como uma cidade pode ficar mais ou menos atrativa ao longo as estações do ano.

Outono é uma das estações mais bonitas na minha opinião. Cansei de sair caminhar pela cidade depois da aula só pra registrar a troca das cores, que foram passando do verde, para os diversos tons de amarelo e marrom, além do vermelho, é claro!

Depois veio o Inverno, aos poucos as arvores vão perdendo as folhas, o vento e clima chuvoso  começam a dar um outro ar a cidade…

Isso sem falar que em 2010, ainda tivemos neve. Muita neve. Fazia mais de 50 anos que não nevava em Edimburgo, da pra acreditar? No inicio gostei da idéia, mas na pratica, no dia-a-dia, a neve acaba deixando de ser ‘legal’ para tornar qualquer saidinha de casa um sacrificio.

Depois de renovar o meu visto no Brasil, eu voltei pra Edimburgo no inicio da primavera. Depois do outono, com toda a certeza, a primavera é a estação que deixa a cidade mais bonita. As flores e folhas vão surgindo..

O verão não deixa de ser uma continuação da primavera, onde a cidade esta totalmente ‘enfeitada’ e colorida!

No meio do parque, tem um memorial em homenagem ao Ex-Primeiro Ministro Britanico (por 4 vezes) e membro do Parlamento representando a região de Midlothian, William Ewart Gladstone.

O memorial tem uma história curiosa, que mesmo tendo sido desenvolvido ainda no século 19, o escoceses foram contra a sua instalação na cidade, por ele ter nascido na Inglaterra (a ‘rivalidade’ entre ingleses e escoceses nao deixa de existir ate na hora de homenagear ex-politicos? hehehe). Somente um século depois, ela foi acomodada na St Andrew Square, onde nao ficou por muito tempo. E alguns anos depois foi colocada no Coates Crescent Garden, que é uma região bem menos turistica na cidade.

Ao redor da estatua principal, que é o próprio ex Primeiro Ministro, estão outras 8 estatuas menores, que representam suas virtudes como pessoa e politico. Interessante!

Quanto a localização, o parque fica bem na area central da cidade, no West End, entre a Princes Street e a Haymarket Station, mais precisamente entre a Coates Crescent (rua) e a Shandwick Place.

Legenda: (A) Coates Crescent Gardens

O parque em si nao tem nenhuma atração do tipo imperdivel-obrigatória, mas é um excelente local pra observar (e registrar) as belezas que as 4 estações do ano nos oferecem! E o melhor de tudo, de graça!