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Hotel GLO Helsinki Kluuvi

Como eu não queria perder de jeito nenhum meio dia que fosse na Lapônia, acabei voltando pra Helsinki bem no final do dia, sem intenção nenhuma de visitar mais coisas, foi só mesmo pra dormir e já no outro dia levantar cedinho pra pegar o voo de volta pra Edimburgo.

Não quis repetir o hotel em que fiquei na primeira parte dessa viagem, e resolvi mudar tudo, tanto de hotel, como de região.. e o escolhido foi Hotel GLO Helsinki Kluuvi!

Esse hotel também é super bem localizado, e digamos que fica no lado oposto do Radisson Blu Royal Helsinki. Fica a meia quadra da principal rua de comércio da cidade, a Aleksanterinkatu.

A rede de hotéis GLO é finlandesa, e além deste onde me hospedei, ainda existem outro em Helsinki e na cidade de Espoo.

O hotel é todo moderninho, com quartos  bem espaçosos, com mesinha de trabalho, sofá e o banheiro é dividido em dois…

Desse lado, só o chuveiro e a banheira

Uma coisa que me chamou atenção foi o “Sleep Menu”, onde é possível escolher algumas “frescurinhas”, caso não esteja satisfeito com o que já está disponível no quarto.

Sleep menu

Tem internet wi-fi gratuita e o café da manhã está incluido no preço da diária!

O hotel fica na rua Kluuvikatu 4, Helsinki.

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Rovaniemi, a capital da Lapônia!

No meu ultimo dia na Lâpônia, eu não poderia deixar de conhecer a sua capital, a cidade de Rovaniemi. A cidade foi fundada a um pouco mais de 50 anos, mas até pouco tempo atrás, as coisas eram um pouquinho diferentes por lá. Em 2006, a cidade e a vila rural de Ro e Vaniemi, resolveram se juntar, e hoje formam o que conhecemos como sendo a principal cidade do norte da Finlândia!

A prosperidade e modernidade que vemos hoje, nem eram cogitadas até há alguns anos atrás. A cidade sofreu muito com as guerras, chegando a ficar completamente destruída!

Uma coisa que não tem como não notar é a arquitetura de seus prédios, de um modo geral é até um pouco moderna e diferente.

O telhadinhos das casas e prédios lembram um pouco as casas no interior da Holanda. E quando eu via uma janelinha dando sopa, eu corria pra ver como era a decoração interna, e em muitas dessas casas, me lembraram o hotel e o que bisbilhotei nos dias em que estive na Islândia também!! =)

Segui em direção aos rios… Siiim, em Rovaniemi acontece o encontro dos rios Kemijoki (o maior do país) com o seu afluente, o Ounasjoki.

E a primeira parada não poderia ter sido outra: Jätkänkynttilä ou também conhecida por Lumberjack’s Candle Bridge, essa ponte acabou se tornando um dos símbolo da cidade!!

A ponte recebeu esse nome como uma homenagem aos lenhadores da região. As duas colunas  representam a madeira que foi divida ao meio por um suposto machado usado pelos lenhadores. No topo, uma vela com fogo de verdade, que ilumina o rio Kemijoki.

No inverno, o dia é super curto, tendo não mais do que apenas 4 horas.. Acabei me esquecendo desse detalhe e nem vi o tempo passar enquanto mexia na neve e batia algumas fotos.

Quando me dei conta, restavam ainda um pouco menos de 1 hora de luz natural e segui para outra atração da cidade…

A Igreja Luterana da cidade, a Rovaniemen Kirkko. Logicamente, ela existe desde que a cidade foi criada, tendo um pouco mais do que meio século de vida.

Os dois grandes destaques: a arquitetura exterior, um estilo tão bonitinho, que lembro que no primeiro dia que passei por lá, pra pegar o ônibus com direção a Vila do Papai Noel, o teto e sua torre estavam cobertos de neve; e  o segundo destaque fica por conta do enooorme afresco no altar, chamado de Elämän lähde ou The fount of Life, que foi inteligentemente pintado por Lennart Segerstråle.

O que foi retratato por ele é que ao invés de usar os “elementos” descritos na biblia, ele trocou tudo por coisas relacionadas a Lapônia, como por exemplo, onde deveriam haver carneiros, existem renas e ursos! Adorei!

Bem próximo a Igreja, acabei vendo uma cena que me chamou atenção.. uma placa de um lago, fui até lá e havia uma cerca ao redor do lago, e um escrito dizendo para não ultrapassa-la. Ainda bem que são prevenidos, pq se uma desavisada como eu não repara na placa e se não tivesse a cerca, sabe Deus o que teria acontecido nessa minha caminhada…

Voltei caminhando até o centrão da cidade, onde fica a Lordi’s Square, a principal praça da cidade.

Lugares como esse, além de ter supermercado, lojas, bares, restaurante, tem até uma agencia de correio e uma floricultura! Tudo pra se proteger do super frio que faz lá fora..

Na verdade, nem dá pra perceber que é uma praça, pq fica literalmente no meio de um calçadão só para pedestres na rua Koskikatu. Eu só reparei, pq tinha uma feirinhainhainha (minuscula) de Natal e dai fiquei me perguntando, seria somente isso a Lordi’s Square? Se tratando de Rovaniemi, nada mais me surpreendeu!

O mercadinho de Natal de Rovaniemi

Nessa praça também fica o principal “Shopping” da cidade, o Sampokeskus, que tem o mesmo tamanho do Shopping que foi inaugurado em setembro do ano passado na cidade onde moro aqui no Brasil!

Repare no horário, já estava escurecendo

E se ficar perdido pela cidade.. o Rovaniemi Tourist Information fica nesse Shopping Center,  e ainda tem uma lojinha de souvenir bem bonitinha!

O Shopping Sampokeskus

os nativos da Lapônia, os Samis

Numa das minhas andanças, acabei encontrando até um Mc Donald’s, e a melhor propaganda para atrair turistas? Esse é o Mc Donalds mais ao norte do mundo! Que tal, hein?!?!

O ultimo destino do dia, também é um dos lugares mais interessantes de toda a Lapônia, o Museu Arktikum, com o seu corredor de vidro em forma de tubo, que faz uma alusão como se fosse o Portal para o Norte! Interessante!

O Museu conta um pouco da história da Lapônia, dos nativos Samis (com uma pequena exibição das suas roupas super bonitinhas e coloridas), e seus costumes, dos animais da região (tem um urso enooorme empalhado por lá, e um alce também!) e sem esquecer, é claro, da Aurora Boreal!

E antes de pegar o voo pra Helsinki, ainda tive tempo de ver a Candle Bridge mais uma vez.. toda iluminada!

Ravintola Nili, em Rovaniemi

Enquanto organizava as coisas para minha viagem à Finlândia, sabia que eu deveria ir em pelo menos um restaurante de comida típica e que de preferencia que fosse na Lapônia!

Ravintola Nili

Ainda no aeroporto, acabei pegando uma daquelas revistas com informações turisticas e um dos restaurantes indicados era justamente esse que escolhi, o Ravintola Nili.

Buscando informações mais detalhadas na internet, achei algumas resenhas no TripAdvisor e 88% das pessoas que comentaram recomendavam esse restaurante.

É altamente recomendado fazer reserva, quando cheguei (perto das 20:00) o restaurante já estava praticamente lotado.

O ambiente é bastante rustico, todo feito com madeira e uma decoração temática. Os lustres são feitos com os chifres de renas, super bonitinhos!!

Todos os pratos são feitos com ingredientes da região, e os pratos principais são todos de carnes “diferentes”, como carne de Rena, Arenque Báltico.. e tinha até Carne de Urso!

Resolvi provar tudo o que tinha direito.

Começando pela entrada… Sopa de Salmão, acompanhada de Vinho feito com Cloudberry (um tipo de framboesa do Ártico)! A sopa pode até parecer estranha, mas era um creme, e junto, tinham alguns pedaços de salmão. Adorei!!!

Sopa de salmão

Vinho de Cloudberry

O prato principal.. Carne de Rena com purê de batata e geléia de lingonberry. E acabei pedindo um copo (que mais parecia uma jarra) de cerveja Lapin Kult IV. A carne de rena é um pouco mais forte do que carne de gado, e o lingonberry é meio azedinho!

O prato principal

E de sobremesa… Lappish cheese, queijo com canela e cloudberries.

Lappish cheese

Acertei em todas as escolhas, recomendo!

Ravintola Nili fica na rua Valtakatu 20, FI-96200 Rovaniemi, Finland. Abre todos os dias, das 17:00 as 23:00.

Snowmobile e Tour de Rena na Lapônia

Para a minha viagem até a Lapônia ficar (quase) completa, nada mais conveniente do que criar coragem e me aventurar a ser puxada por uma rena!

Existem várias agências de turismo na Lapônia que oferecem pacotes dos mais variados tipos e com muitas opções de passeios. Pelo que eu percebi, um dos mais populares, sem duvida, é o tour das Renas seguido pelo tour de Huskies.

Elas são tããão quietinhas…

Antes de qualquer coisa, alguns pontos importantes:

– a reserva e pagamento podem ser feitos pelo site oficial de cada empresa (os países nórdicos não perdem em nada pro UK quando o assunto é facilidade);

– se a reserva foi feita por email, como foi o meu caso (eu ainda não estava totalmente convencida de que iria ter coragem de fazer um tour desses), o pagamento deve ser feito em dinheiro ou cartão de crédito antes do tour começar;

– no momento da reserva, podemos escolher se a empresa passa nos pegar no hotel ou se nos vamos até o escritório da empresa (como estamos em Rovaniemi e não em Nova York, uma caminhadinha na neve foi até bem-vinda (ou seria: bem divertida?), e acabei optando por ir até lá). É bom chegar com uns 30 minutos de antecedência;

– depois de fazer o pagamento, fui encaminhada para uma sala que mais parecia um guarda roupa gigaaaante, com todos os tamanhos imagináveis de macacões, botas, luvas, toucas, cachecóis e capacetes existentes nesse mundo!!

– vi qual o tamanho que era mais apropriado pra mim, mas não quis trocar de roupa lá não. Como não haviam armários com chaves para deixar minhas coisas (roupas, bolsa com documentos e meu passaporte), optei por levar as roupas pro frio dentro de uma sacola e somente quando chegamos para fazer o tour, coloquei o macacão por cima de tudo;

– o tempo todo estavamos acompanhados de um guia, ou no caso do grupo em que eu estava, de dois guias, pois haviam 3 crianças nesse tour.

Dito isso, agora sim…

Basicamente esse safári vai um pouco mais além do que um simples passeio de Rena, junto nesse pacote que escolhi está incluido também andar de Snowmobile. Então, como haviam crianças nesse tour, seguimos com uma van até uma área enooorme ao ar livre onde estavam alguns snowmobiles.

Lá tivemos uma aulinha rápida de como manusear o snowmobile e algumas regras de segurança também.

O guia assustou tanto, dizendo que deveriamos ter o maior cuidado com os snowmobiles e blablabla, que cada parte custava não sei quantos mil euros, que a essa altura, eu já tava quase desistindo de tudo!! hehehehe

Agumas pessoas não se importaram de sair de lá dirigindo seus snowmobiles. No meu caso, eu preferi atravessar a rodovia num carrinho puxado pelos guias, e pegar o meu snowmobile somente do outro lado da estrada (na verdade, a essas alturas eu tava era morrendo de medo de encostar no tal snowmobile) .

Imagine uma derrapadinha na neve ou se simplesmente alguma coisa acontecesse errado, eu teria que ligar pra casa e… “Mãe, deposita uns 15 ou 20 mil euros na minha conta, pq acabei de destrui um snowmobile na Lapônia. Vc consegue fazer esse deposito ainda hoje?”

Mas delírios à parte, um dos guias era bem gente boa e me tranquilizou, repetiu todos os comandos de segurança comigo e só assim criei coragem…

Lá vem euuuuuuu

Graças a Deus nada aconteceu, e depois dos primeiros 5 minutos de pânico, o resto é como andar de bicicleta..  Bem tranquilo!

Por questão de segurança, o guia não permite que seja ultrapassada a velocidade de 40 km/h, e sempre andamos em filas, mantendo uns 2 metros de distância uns dos outros.

Quando chegamos na fazenda das Renas, eu já estava praticamente congelaaada, mesmo com toda aquela roupa especial pro frio, e isso que nem tava tããão frio assim, a temperatura estava por volta de -9 graus (o normal nessa época é fazer uns -30 graus)!

Trajes dos nativos da Lapônia, os Samis

Uma das coisas que eu mais gostei, é que tivemos uma degustação de umas bolachinhas tipicas e chá de cloudberry ao redor de uma fogueira, dentro de uma tendinha tradicional do povo Sami, bem bonitinha por sinal!

As histórias dos nativos da Lapônia são super interessantes, numa pequena “aula” de uns 30 minutos deu pra aprender muita coisa..

Como por exemplo, que eles tem um parlamento próprio, onde eles mesmos tomam suas próprias decisões, e assim conseguem manter bem forte sua cultura e idioma!

Mas a parte mais legal de todas, na minha opinião, foi ver uma cerimônia típica que explica a relação de respeito que eles tem com a natureza e o seu típico chapéu de quatro pontas.

A encenação

O tour das renas é bem rapidinho. Na verdade o que demora um pouco mais são as instruções de como “dirigir” a Rena, que tem todo um esquema com umas cordinhas, e nem preciso dizer que isso acabou com os meus planos de bater algumas fotos… ou eu segurava a camera ou as cordinhas, não teve jeito!!

Não dá pra chegar muito perto, elas são quietinhas e muuuito atentas!

Um fato curioso e que chama atenção, é que algumas Renas estão sem um par dos seus chifres. Isso acontece todos os anos, no periodo de inverno, elas perdem seus chifres espontaneamente!

Então não se espante ao ver uns chifres de enfeites por ai, ou alguns até são usados como maçaneta (na ultima foto desse post)!

E pra terminar mesmo a visita, essa familia que é dona dessa fazenda de Renas, nos mostra um videozinho (no maior estilo National Geographic) sobre toda a região da Lapônia, o clima frio, as paisagens cobertas de neve, o cuidado com as renas e pq não, até o Papai Noel faz uma aparição!

Ahhh, mais algumas considerações importantes:

– existem várias empresas (mas não são muuuuitas) e com exceção do tour de renas que acontecem todos os dias, todos os outros tours acontecem apenas 2 ou 3 vezes por semana.

– dependendo dos tours e da empresa escolhida, a viagem deve ser totalmente montada baseada nessas informações;

– em cada tour podem se inscrever entre 10 a 15 pessoas. Na época de Natal, é grande o número de familias inteiras fazendo os passeios, o que significa que alguns podem se esgotar rapidamente. O aconselhavel é reservar tudo, com pelos menos, 1 mês de antecedência.

Ah, e no final, ainda recebemos uma licença internacional de motorista de rena!

Para ver todos os outros posts sobre a Lapônia, é só clicar aqui.

Atravessando o Circulo Polar Ártico

Se alguém algum dia me dissesse que eu iria chegar no Círculo Polar Ártico, eu iria chamar de louco! Depois dessa viagem, não teve uma pessoa que não tenha dito que na verdade a única louca era eu!!

2011 foi um ano extremamente atípico pra mim, primeiro foi a Islândia, um local fora do comum, completamente diferente de tudo que já tinha visto até então.

E em questão de alguns meses, lá estava eu, me aventurando em um outro lugar tão ou mais diferente, a região da Lapônia!

Logicamente que estive nesses dois lugares em estações do ano completamente diferentes, na Islândia fui no verão (que nem era tããão verão assim) e na Lapônia, pra ter graça, na minha opinião, o ideal era ir no inverno.

Engraçado como nesse ano tudo acabou acontecendo da forma como eu tinha planejado!

E quem nunca ouviu falar na latitude 66º 32’ 35″?!?!??! É justamente por onde passa a linha imaginaria do Círculo Polar Ártico.

Essa linha fica ao norte da cidade de Rovaniemi, passando dentro da Vila do Papai Noel, e inclusive passa pelo aeroporto!

Mas afinal de contas, o que é o Circulo Polar Ártico? Além de ser o nome de uma das linhas imaginárias que cortam o nosso planeta em partes, ele tem duas “caras” dependendo da estação.

Se for inverno, o sol não passa da linha do horizonte durante as 3 a 4 horas que se tem luz natural nessa época. Já no verão, o sol fica o tempo todo acima da linha do horizonte, fazendo com que durante esses meses, não exista noite, até pode ficar menos claro, mas totalmente escuro nunca.

E no momento em que eu estava cruzando essa linha, fiquei pensando… talvez esse seja o lugar mais longe onde já coloquei meus pés (isso se um dia eu ainda não for até a Groelândia ou Alaska)!

E eu acabei entrando na onda e achei que seria legal ter uma recordação desse momento.. e com isso agora tenho um carimbo no meu passaporte, dizendo que eu atravessei o Círculo Polar Ártico.

E nem em sonho, eu um dia sequer, imaginei que isso iria acontecer!!! =)